sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A maternidade e a difícil arte de decidir

Quando eu era mais jovem, bem mais jovem... decidir era um dilema, porque a possibilidade de me arrepender parecia maior. Ainda tinha muita vida pela frente!
Depois fiquei com mais coragem (ou menos juízo, não sei) e decidia sem muita dificuldade.
Mas, ser mãe trouxe novamente este temor terrível da decisão. Decidir ser mãe, já é um grande passo. E depois que o filho nasce o que era simples, fica muito mais complicado.
Mamadeira e peito ou só peito?
Continuo neste pediatra ou procuro outra opinião?
Chupeta? Sim ou não?
Dorme no berço, no próprio quarto ou no aconchego da cama compartilhada?
Babá, escola  ou peço demissão?
Vacina na clínica particular ou do postinho de saúde?
Discovery kids ou Disney Junior?
Pampers ou Turma da Mônica?
Penico, vasinho ou redutor de assento?
...
E por aí vai...
Se tomar uma decisão que implica em respingos na própria vida já causa um nó no estômago, imagina pensar, que a decisão que tomamos, por mais simples que pareça, pode ter impactos que nos serão desconhecidos por um longo tempo, na vida de quem mais amamos...
Mas não tem como fugir disto!
Ser pai e mãe é assumir estas escolhas até que nossos filhos possam fazer por si mesmos. É prepará-los para fazer as suas próprias escolhas com serenidade, direção, responsabilidade e a segurança de que estamos sempre escolhendo, até quando escolhemos deixar que outras pessoas decidam por nós!  Com a certeza de que estaremos sempre ao seu lado.
Ufa!!! Complicado não? E me diz: o que nesta vida não é?
Depois desta trama dramática, me despeço com um bjo grande, desejando um agosto de muito sol e calor à todos!!!
(E recentemente fiz uma importante descoberta. Graças ao eufemismo de articulistas científicos e dos seis médicos que visitamos com nosso pequeno, tomamos uma decisão que se fosse baseada na verdade “nua e crua” o rumo da prosa teria sido diferente. O que descobri foi que muitas vezes, a ignorância  pode ser uma benção!!!!! Rs)