sábado, 28 de dezembro de 2013

"Porque no meu tempo, era assim..."

Então... mais um final de ano!
O que devia ser uma época de descanso se transforma num momento de correria e estresse: viagem, trânsito, casa cheia, gastos... penso que seja preciso rever algumas coisas para o novo ano! Kkkk
Hoje é aniversário do meu esposo e completamos  11 anos de casamento. De presente, me dei  5 minutos em meio as camas por fazer, para escrever no Blog!
O assunto deste post surgiu agora de manhã. Ontem uma colega de infância publicou numa rede social uma foto nossa e de repente, me dei conta de que até os 10 anos de idade sempre tive o cabelo peniquinho, um corte bem masculino, a única da minha turma com o cabelo assim. Nunca havia me incomodado com isso, até hoje.
Resolvi perguntar pra minha mãe e ela respondeu:
- Porque você gostava!
- Como?Olha a minha idade!
- Ah, todo mundo cortava assim. Disse ela.
- Mas eu sou a única que aparece nas fotos com este cabelo, mãe!!!
- Teu pai te levava na barbearia!
Aí piorou!!!
- Na barbearia, mãe?
- Sim, as tuas irmãs também!!!
- Mas mãe... elas são 20, 18 anos mais velhas do que eu!!!!!
Foi uma exclamação do tipo: genteeeeee as coisas mudam, o mundo muda, precisamos acompanhar!!!!
E a minha indignação se transformou em um choque interior. Me dei conta de que a luta para sobrepor os paradigmas é diária mesmo, nas pequenas coisas.
Quantas vezes eu, e você talvez, afirmei: “é nisso que acredito, é isso que está certo, sempre fiz assim!” ?!
Foi um lampejo de consciência de que nossa revisão a cerca dos conceitos, práticas e atitudes precisa ser minuto a minuto. Nossos filhos não crescerão num mundo como o nosso, terão uma infância diferente, pensam de maneira diferente, encontrarão desafios diferentes...
Chega de olhar para nossa história, agora é momento de encarar a necessidade de conhecer e acompanhar esta geração para que possamos cuidar dos nossos amados e educá-los para o mundo que os esperam. Aliás, quando o assunto é um ser humano, a história precisa ser entendida de maneira particular, individual, intransferível.
E este insight, por conta de um corte de cabelo!!!
Encerro 2013 com a sensação de que preciso rever muitos posicionamentos, preciso de pessoas que me ajudem a fazer contrapontos, não sei nada...
Que 2014 seja um ano de descobertas, reflexões, flexibilidade, sensibilidade e de correr atrás das mudanças!!!
Um enorme abraço à todos!!!

Nos vemos no ano que vem!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

GÊNERO, PRECONCEITO E OPORTUNIDADES

Olá leitores amados! Pela escassez de novos posts você imaginam como anda a vida desta mãe, mulher, esposa, profissional que vos escreve...
Considerando a reta final de 2013 chegando, escrevo pelo sentimento de compromisso e pelo desejo de compartilhar meus pensamentos, num desabafo catártico... mas sei que pouquíssimos de vocês terão tempo para leituras sem compromisso, kkkkkkkk!
Como mãe, 24 horas por dia reflito sobre a maternidade e este movimento caótico e apaixonante, mas selecionei este tema para escrever hoje, por considerá-lo bem importante.
No período da manhã, estou em casa com meu pequeno. Me divido entre organizar a casa, responder e-mails enquanto brinco de ninja e preparar o almoço. Nos dias em que começo atender cedo, vamos de marmita. Simples assim, eu tenho minhas prioridades bem definidas.
Logo, no momento de preparar as refeições meu cuíca acompanhava o movimento com seu olhar atento. Agora, não se contenta em ficar brincando no tapete nos meus pés. Tira de dentro dos armários os ingredientes que precisa para fazer “comidinhas”. Seqüestra minhas panelas, escolhe cuidadosamente as espátulas, requisita uma luva de cozinheiro e mais recentemente, protesta por um avental.
Carrega tudo para a sala, usa o banco como fogão e a porta do armário é o forno.
Na primeira vez em que a brincadeira se desenrolou assim, tão complexa, perguntei: “Filho, o que você está fazendo?” e a resposta certeira foi: “Tô fazendo comidinha mãe, sou chefffffffff!”! Ai que cute cute...
Problema é que agora a competição pelas panelas, espagueteiras e travessas anda acirrada. Desta forma, estava decidida a comprar pra ele um jogo de panelas. Lógico, não precisava ter flores, nem ser rosa e adivinhem... não encontrei.
Daí para frente uma torrente de pensamentos me invadiu! Oras bolas... não são somente as mulheres que cozinham! Porque menino não pode ter um jogo de panelas?
Fui reclamar com o pai, para ver se ganhava algum apoio. Recebi indignação!
Gente... e se meu filho  for o próximo Jamie Oliver? Claude Troisgrois? Olivier Anquier?
Eu não vou deixar de apoiar e incentivar por conta de um preconceito retrógrado.
Então, convoco as mães dos meninos do mundo para lutar pelo direito de nossos filhos desenvolverem plenamente suas potencialidades, livres de preconceitos, tendo as mesmas oportunidades das mulheres por aí!!!!
Sem contar que: felizarda (por vários motivos) será minha norinha, se o meu pimpolho continuar querendo ser um Chef!!! RS
Pra quem me conhece, sabe que não sou feminista. E não se trata disso.
 Realmente acredito que homens e mulheres possuem características individuais, particulares que não os distinguem em termos de melhor ou pior, mas lhe conferem unicidade e completude.
 Mas, que encontremos nas lojas panelas azuis e caminhões cor de rosa.
Assim, concluo este post indignado com o grito pela liberdade de escolha profissional e nossas possibilidades de amplo incentivo, independente de gênero. Que as oportunidades, desde a tenra infância sejam justas para meninos e meninas.

Uma beijoca para todos e viva dezembro!!! J

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

E fez -se a palavra... Os papos mais sinistros dos nossos 3 anos juntos!

Oi gentes queridas! Que vida corrida... não anda sobrando tempo nem pra depilar as pernas, quanto mais escrever no blog! Kkkkk
Então, faz mais ou menos um ano que o meu príncipe começou a falar, sim, demorou... eu já estava me arrancando os cabelos e com consulta marcada na fono...
Mas enfim, neste um ano de papos ouvi muita coisa linda, do tipo “te amo mamãe”, “mamãe parece uma princesa”, “papai esqueceu de orar pela comidinha”. Também ouvi coisas engraçadas, como: “Papai parece um nicorrinco (ornitorrinco)”!
Mas sinceramente, algumas de nossas conversas foram marcantes. Quem é mãe vai entender...

Eu, fazendo pipi, sem privacidade nenhuma, é óbvio, escuto o seguinte discurso:
- “É, você não tem penqui (penis), você tem vulva... eu tenho vulva será?! “

Olha dentro da cueca e balança o dedinho pra lá e pra cá: -“Não... você tem vulva e eu tenho penqui!”
***
- “Nossa mãe, que cocô grande o seu! O Francisco meu amigo, fez um cocô bem comprido na escola também!”
***
Pegando ele no final da aula, entro no carro toda animada e começo:
- “ Então meu amor, o que fez tanto hoje na escola?”
...
- “Pintou? Fez atividade? Brincou?”
...
- “Filho, você não vai falar comigo, amor?”
- “Mãe... agora eu não tenho boquinha pra falar, eu quero ficar quietinho...”
***
- “Filho, dorme com o papai...”
- “Não mamãe, papai não serve pra dormir!”
- “Pra que o papai serve então?
- “Pra dormir na minha cama...”
- “E eu?”
- “Pra dormir comigo, ne!”

E aí, termino este breve post, pensando na lindeza da comunicação humana e pensando o quanto eu quero, que daqui uns 13 anos, meu filho continue sentindo-se tão a vontade para compartilhar comigo o que pensa... ou não, rs. Que ele tenha liberdade também de ficar quietinho e sabendo ser amado, mesmo no silencio!
Bjo enorme pra todos e todas, um lindo Outubro (Rosa)! J

terça-feira, 30 de julho de 2013

Nhoc, nhoc e os dentinhos nervosos!!!

Olá gentes! Sobrevivemos ao pior do frio escabroso e viva, agosto esta chegando e logo setembro!!! Meu mês preferido. Amo o cheirinho de pólen no ar (ainda que me dê crise de rinite!)
Então, não vou falar sobre dentição infantil, não, deixarei este tema  pra minha querida amiga Karina Tatim Furlan!
Afff, vou escrever sobre as mordidinhas e as crianças! Parece engraçado, acho que Deus me deu a oportunidade de fazer um belo estágio pra maternidade enquanto eu trabalhava...rs.
Céus, quantas reuniões, bilhetes, orientações, palestras falando o quanto as mordidas são comuns na escola infantil, principalmente nos dois primeiros anos. Quanto choro (das crianças e das mães... das profes desesperadas também), quanto Hirudoide!!!! RS
Pois bem, não escapei do que chamo de EFEITO MONANGE (lembram da propaganda? “Sinta na pele esta emoção”!!!). A adaptação do meu cuíca, que já não foi das mais tranqüilas, contou com a participação especial  dos dentes dos seus amiguinhos, cravados com energia na barriga, mão, bochecha...
A mordida é uma linguagem para a criança, principalmente a que ainda está saindo da fase oral. Muitas vezes é a primeira reação diante de uma disputa de brinquedo, de uma frustração. E há quem morda de amor... de tanto que gosta do amigo (atire a primeira pedra quem nunca mordiscou seu pequeno).
Para administrar com diplomacia este assunto, as professoras devem estar cientes de conhecer o tema para poder mediar com as famílias (pais leigos não têm a obrigação de saber o quanto isto é comum no desenvolvimento da criança), também precisam de carinho e jogo de cintura para evitar os rótulos e as discussões entre os próprios pais (como já vi acontecer). É comum, mas não é aceitável. É fundamental conversar com a criança que foi mordida e lhe oferecer amparo, depois com a que mordeu e ajudá-la a encontrar outras formas de expressar seus sentimentos, compreender o quanto machuca o amigo. Se é prática da escola, o “cantinho do pensamento” e depois o pedido de desculpas também podem ajudar. Fundamental é a parceria da família da criança que está mordendo reforçando o trabalho da professora.
Depois de levar três mordidas, meu filho (que antes da escola não havia mordido ninguém, rs) “aprendeu” que também tinha dentes. Combinei sanção em casa, para cada vez que isso acontecesse (nada de computador, sim, com 3 anos...). Em parceria com a professora, registrei carinhas tristes sempre que mordesse. O pai, muito atento, encontrou em uma de suas viagens um brinquedo muito legal: “pit mordida”, uma dentadura que morde ao comando da criança e brincando em casa trabalhávamos o “não, não boquinha, morder não pode, beijoquinha pode!” e... três mordidas depois (parece incrível), o comportamento se dissipou! Uhuuuuuul!
Sim amigos e amigas, sei que dói ver aquelas marquinhas, que aos nossos olhos parecem sádicas, na pele sensível dos nossos eternos bebês. Mas vamos lá, somos adultos! É comum, é trabalhável.
Mas é fundamental que tanto a escola quanto os pais estejam atentos para que este comportamento não se prolongue, mordida é linguagem aceita até próximo dos 3 anos. Passando disso, persistindo e mantendo-se como comportamento repetitivo, vale a pena conversar com o pediatra ou um psicólogo infantil!!!
Beijos para todos!
Bom Agosto!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

É hora da escola!!!


Olá queridos e queridas! Já em meados de Junho, pode? Hoje de manhã estava pensando: se o tempo fosse uma pessoa, eu imploraria para que andasse mais devagar. Não tenho conseguido acompanhar!!!
Uma das aventuras que vivi nestes últimos meses, foi o início da vida escolar do meu principe. É sobre este assunto que vou escrever hoje. Mas agora, sob o ponto de vista da mãe.
Durante anos lindos, recebi mamães aflitas com a fase de adaptação dos pequenos na escola, escrevia textinhos orientativos, fazia reuniões e quando tudo falhava: oferecia meu carinho e ombro pra chorar.
Pois então! (como diz o meu figura) Agora é a minha vez. Procurei sim, colocar a teoria em prática e mesmo passando por provações, posso dizer: facilita muito nossa vida, sim!!!! Mas, cada criança é diferente, cada família tem uma dinâmica... então, nada de receitinhas prontas! Vou compartilhar a nossa vivência.

O momento certo: por vários motivos, optamos (eu e meu esposo) pela minha demissão. Para nós, o momento certo foi agora. Certeza absoluta, pois fizemos uma tentativa no ano anterior, muito valiosa. Agora meu filho completou três anos, desenvolveu uma linguagem capaz de compreender e comunicar. A maioria dos especialistas em desenvolvimento infantil, afirma com base em pesquisas e estudos, que esta é a idade ideal, principalmente porque a ansiedade de separação é menor. E de forma especial, os meninos tendem a sentir esta ansiedade de modo mais intenso.

A escola certa: dificil, muito dificil. Quanto mais opções, mais dificil, rs! O principal fator é considerar se a escola trabalha uma proposta alinhada aos valores da família. Além de conhecer a proposta pedagógica, é importante avaliar a formação dos profissionais, estrutura da escola, organização,  segurança e história da instituição, por exemplo. Foi preciso, também, colocar na ponta do lápis detalhes como proposta pedagógica, sistema de avaliação, relação pais/escola, lanche, material didático, materiais de uso coletivo, pessoal e, numa cidade como a nossa, a questão fatídica da logistica!!!!!

O caminho certo: com a segurança de que é o momento certo e a escola certa, o caminho a seguir é transmitir esta segurança para a criança. Para que a criança confie na professora, vincule com a professora, além de uma disponibilidade genuína por parte da profissional, é preciso que a mãe valide esta relação. Nós compramos presentinhos para a profe e auxiliar, fizemos cartõezinhos para o Tulio entregar no primeiro dia de aula. Horario reduzido na adaptação, com tempo de permanência prolongado a cada dia ajudam a criança a lidar com o tempo de separação. Nada da mãe ficar dentro da sala, sentada na porta (salvo raras exceções), chorando na despedida (pode chorar em casa!) ou prolongando a despedida. Não valorizar os chorinhos, não deixar de levar à escola porque chora pra colocar o uniforme, são detalhes que fazem parte do processo...Valorizar os aspectos positivos da escola, afirmar o sentimento de que a escola é um lugar especial e gostoso, faz com que a criança se sinta segura. Perpassando todo este processo, a relação de diálogo aberto, franco e permanente entre escola e família, suporta uma boa adaptação e mais do que isso, o  bom desenvolvimento da aprendizagem.

Ops, pode ser que nem tudo saia como planejado: e quando o filho não chora mais pra ficar na escola, diz que sente saudades da professora e dos amigos, pode sim, acontecer um imprevisto. Muitas vezes é uma recaída e vale recomeçar ou pode ser como aconteceu conosco: o pequeno ficou 15 dias doente e tivemos de trocar de turno (OMG!!!). Nada de desespero, toda experiência é válida. E eu posso falar com a voz da experiência: a terceira adaptação é sempre mais tranquila, rs. Para exercer a maternidade, o mote do brasileiro ajuda muito: “não desista nunca!”.

Este post viria a calhar em fevereiro, não? Mas como Julho está chegando... quem sabe vai animar alguma mamãe indecisa!
Bjs pra todos e preparem-se o inverno está chegando, quem sabe tiraremos os casaquinhos do armário!!! Rs J

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sim, sou mãe!


Oi gentes!!!!! Três meses sem escrever... sei que a maioria não sentiu falta. Mas eu senti, minha verborreia mensal me faz muito bem, rs.
Nestes  meses aconteceram tantas coisas, que vou ter assunto até o fim do ano, rs.
“But”, domingo foi dia das mães e é obvio que eu não iria perder a oportunidade e deixar de escrever sobre o ser mãe em si. Andei pensando naquilo que me qualifica como mãe, não o que me dá qualidade em ser mãe, rs, mas no que me dá certeza de que sou...
Eis meus pensamentos...
Deixei de ser prioridade: sou mãe;
Minha capacidade de compaixão de multiplica exponencialmente, principalmente em relação ao filho. A vacina dói mais em mim do que nele: sou mãe;
Compreendo com profundidade o sentido de dar a vida por alguém: sou mãe;
Culpa, culpa, culpa: sou mãe;
Como disse minha amiga Vivi, fale mal da minha casa, de mim, do meu marido... mas não fale mal do meu filhos, rs: sou mãe;
Me vejo angustiada com o futuro, mesmo que o futuro seja algo simples como a próxima refeição, rs: sou mãe;
Acordo cedo, durmo tarde, faço plantões durante a noite. Feriado, finais de semana e férias são palavras que não tem significado pra mim: sou mãe;
A capacidade de me deslumbrar está mais presente e brota das coisas corriqueiras. Um abraço gostoso, um olhar de carinho, o xixi no penico, aquela vozinha chamando “maaaaãeeeee”, que delícia...: sou mãe;
Olho pro meu filho e penso: “Senhor, eu era beeeeem assim!”. Dá um misto de orgulho e pânico: sou mãe;
Participo das reuniões de pais, discuto os sabores e variedades de um cardápio nutritivo. Qual a melhor marca de copo, tênis, o livro infantil do ano: sou mãe;
Não leio mais Elle. Só Crescer, Pais & Filhos: sou mãe;
Recebo a lembrancinha da escola e parece que ganhei uma viagem pro Caribe (sim, tem que ser um lugar quentinho...): sou mãe;
Estou preocupada com a situação do aterro sanitário municipal, com o aquecimento global, com a instalação da Federal em Joinville: sou mãe;
5 minutos me causam uma saudade imensa: sou mãe;
Minha vida ficou infinitamente melhor...
Eu quero ser, cada dia, infinitamente melhor...
Pois é... SOU MÃE!
Para todas as mães, pais, vós, irmãs, tias, babás, dindas e seres do planeta capazes de amar com este amor, deixo meu beijinho, meu feliz dia das mães!
Bjks e até Junho!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A história de um desfralde... a saga continua!

Oi minhas pessoas queridas, rs.
Acreditem ou não, já estamos em meados de fevereiro e logo o ano vai começar! (Depois do carnaval...rs)
Continuando a compartilhar como foi o desfralde do meu príncipe, vou começar dizendo que fiz tudo de uma forma “pedagogicoafetivamentecorreta”... fiz uso de literaturas infantis que explorassem o tema, eu e meu esposo sempre que usávamos o banheiro e o bonitão estava por tocávamos no assunto: “olha, papai vai na xixilândia; escuta o barulho do xixi da mamãe; tchau xixi, tchau cocô”. Ok, privacidade zero, mas pensávamos que isso facilitaria o desfralde... hum... então poderia ter sido pior! Rs
Como não existe nenhum Max Steel vai ao troninho (o que eu acho um absurdo!), eu improvisei uma seringa nas costas de um boneco que meu filho gosta muito e de vez em quando eu perguntava: “Quer fazer xixi? Olha, o Carlos faz xixi no penico...” e o boneco fazia xixi. Mas nada do Tulio fazer...
Então comprei um penico em forma de sapo que ficou circulando pela casa (terceiro modelo de penico)...
E depois que as férias do papai terminaram, eu estava decidida a colocar o programa Cueca no Menino em prática. Aliás, cuecas lindas, com Buzz, Woody, foguetes e tudo mais...
Os dois primeiros dias foram bem difíceis, parecia um Dejavú! Muito xixi no chão... e nada de cooperação para ir ao penico. Um dia, meu amor chegou a ficar 14 horas (isso mesmo!) sem fazer xixi. Apelei para a dica de uma enfermeira. Ela me disse para molhar o pezinho dele. Funcionou... o xixi saiu, mas fora do penico. Rs
No terceiro dia, eu andava com o penico à tiracolo. Quando começava a sair na calça eu colocava ele sentado. Pensem no empenho, kkkkk. Nestes dias, eu cheguei a pedir marmita, para me dedicar exclusivamente ao desfralde.
Era manhã de quarta feira e depois de muita choradeira para ficar no penico e muitas bermudas e cuecas para lavar. Fui fazê-lo dormir... enquanto ninava ele, dizia pra mim mesma: “não desista, não desista...”.
Quando ele acordou, como quem não quer nada, perguntei se ele queria fazer xixi no penico. Ele disse que sim e...fez!!! Minha felicidade foi tão grande! Eu pulava pela casa com a alegria de quem ganha na mega sena acumulada.
Não sei explicar. Acho que enquanto ele dormia todas as informações que recebeu durante a vida, sobre o assunto xixi no penico, se conectaram, ele teve, creio eu, o que chamamos na psicologia, de insight! E o que, em palavras de fé, chamamos de milagre, rs!
De uma semana para outra, fez a passagem do penico para o redutor de assento de uma maneira beeeeem tranqüila. Acorda sequinho, sequinho...
E nossa historia teve um final feliz... ou quase, por que o cocô, ah, este ainda escapa na cueca. Mas agora, meu coração está bem tranqüilo, porque tudo tem seu tempo, tudo tem sua hora!!! Rs
Um bjo enorme para todos.
Nos vemos em Março! J

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A história de um desfralde!

Olá  leitores e amigos queridos! Que este 2013 tenha começado trazendo boas coisas para todos.
No post de hoje, vou compartilhar como aconteceu o desfralde do meu pequeno. (Sim!!!! Finalmente aconteceu, rs).
Desde o nascimento havia sido verificada a necessidade de realizar no meu bonitinho uma cirurgia no aparelho genitourinário. Esta notícia foi um “balde de água fria” na perspectiva de tirar as fraldas em torno dos 18 meses, como acontece geralmente, observando o fato de que aos 24 meses a criança já tem condições de deixar as fraldas.
 Esta experiência me fez um alerta para o fato de que o desfralde deve acontecer respeitando o tempo da criança e os sinais de maturidade.
Em nossa família, tão logo os filhos conseguissem se sentar sem ajuda, a mãe já nos colocava no penico. (Isto explica, em boa medida, nossos transtornos de ansiedade de ordem obssessivo-compulsivo, kkkkkkkk). O fato é que quanto antes livrar-se das fraldas de pano, melhor! (Eu te entendo mãe....)
Existem alguns sinais que devem ser observados antes de se iniciar o desfralde:
Sinais físicos: Já dominou a arte de andar e é capaz de correr; urina uma maior quantidade de cada vez, ficando cerca de 3 horas sequinho; faz um cocô razoavelmente sólido, em horários mais ou menos previsíveis, ou pelo menos avisa que vai fazer pela carinha ou comportamento;
 Sinais de comportamento: Consegue ficar sentado na mesma posição por entre dois e cinco minutos (as tentativas de uso do vaso ou penico, não devem ultrapassar este tempo); consegue abaixar e levantar as calças;  fica incomodado quando a fralda está suja ou molhada; demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros irem ao banheiro ou quer usar cueca ou calcinha); não demonstra resistência ao uso  do penico ou do vaso sanitário, está numa fase de comportamento colaborativa (hihihihi, com dois anos?! Difícil, né?).
 Sinais cognitivos: consegue seguir instruções simples; entende que cada coisa tem o seu lugar; tem palavras para xixi e cocô, entende os sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro, e consegue pedir para ir (ou até segurar a vontade um pouco).
Mas você, leitor, pensa que o sucesso do desfralde do meu príncipe se deve a todos os fatores acima... hum, você se enganou... rs.
Fizemos três tentativas. Na primeira vez Tulico estava já com 1 ano e 8 meses. Corria (muito), fazia cocô durinho, se escondia pra fazer cocô e seguia instruções simples. Mas foi beeeem complicado. Comprei um redutor de assento carésimo, porque ele não queria saber de penico, mesmo do que tocava música... ele não fazia xixi ao ser colocado sentado, mas logo depois de levantar. E mesmo eu não chamando atenção ou brigando, porque não se deve, ele colocava as mãozinhas e choravaaaaaaaaa, inconsolável. Tentei por três dias e percebi que ainda não era  tempo.
Na segunda tentativa, queríamos aproveitar a rejeição do momento da troca, por conta das péssimas lembranças relacionadas a cirurgia (que foi muito, muito difícil, mas com resultados maravilhosos). Ele chorava só em ver o penico. Tentei outro redutor de assento e nada... era uma gritaria que só e muito xixi no chão. O mais perto que o xixi chegou do vaso, foi o chão do banheiro. Ao final de três dias, guardei todo o aparato esnfincteriano, rs, e disse que só iria olhar para eles no ano novo.
Quer saber como deu certo?
Leia o post do mês que vêm. E se você está vivendo este dilema, acalme seu coração de mãe, sabendo que os meninos em geral demoram mais para deixar as fraldas do que as meninas e que a seu tempo... tudo dá certo!
Um bjo no coração e um fim de janeiro maravilhoso pra vocês!