quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Maternidade consciente

Olá leitores e leitoras queridos!
A rotina de um milhão de coisas nos consome a às vezes, as prioridades precisam ser revisitadas. Bela justificativa para a falta de texto novo no blog, rs!!!!
Este mês eu refleti sobre a maternidade consciente. Antes de ser mãe, antes de me casar, eu era reticente quanto à maternidade por reconhecer que é sem dúvida um exercício que requer atributos divinos. Eu comentava em tom de piada, que deveria existir uma habilitação para a maternidade, assim como existe para dirigir. Que seres que desejam gerar, educar e constituir outros seres humanos precisam estar profundamente capacitados.
Não se pode ser mãe ou pai sem estar imbuído deste sentimento de paternidade e maternidade responsável. A infinidade de excelentes bibliografias, cursos, revistas, palestras , grupos de apoio, diminuem as nossas possibilidades de desculpas.
Na época da minha mãe, que logo fará 80, ter filho era parte de um processo natural e questionamentos existenciais definitivamente, não faziam parte do processo. Os métodos anticoncepcionais eram restritos e pouco difundidos, rs, Os filhos chegavam, eram criados, ajudavam a criar os irmãos, caminhavam pelas suas próprias vidas e assim, tudo seguia. Mas não é simples como parece. Pense por um instante na geração de homens e mulheres que questionam a razão de sua existência, questionam o amor dos pais por eles, a qualidade da relação entre os irmãos e por aí vai. Acredito sinceramente, que salvo raros casos, os pais fazem o seu melhor, sim.  
Mas, para os filhos do hoje é preciso  pensar que tipo de pais queremos ser, que tipo de pessoas queremos criar, como meu eu se refletirá na constituição da identidade deste sujeitinho lindo que hoje está reclamando por que quer leite, mas amanhã estará à frente de decisões que podem mudar suas vidas.
Diálogo, auto-estima, disciplina com amor, mudar como ser humano para mudar a vida deste outro ser que é nosso filho, não preocupavam a mente dos pais de antigamente. E há de se compreender porque.
Paternidade e maternidade com o compromisso com, para e por estas pessoas que farão o mundo do amanhã, é disso que precisamos. Precisamos passar nossa própria história a limpo, para uma maternidade e paternidade eficiente!
Quero criar um filho feliz, que se sinta amado, que saiba por que veio ao mundo, que seja capaz de enfrentá-lo e quem sabe, mudá-lo. Desta forma, eu preciso me reconstruir enquanto sujeito também! Obrigada filho, por esta oportunidade! Não sei se vou conseguir, mas me comprometo total e completamente a tentar!!!
Dica de leitura, chorei de capa a capa: “A mãe que eu quero ser”, da Suzanne Eller.
Um maravilhoso setembro de sol, flores, calor e felicidade para nós!!!!