terça-feira, 30 de julho de 2013

Nhoc, nhoc e os dentinhos nervosos!!!

Olá gentes! Sobrevivemos ao pior do frio escabroso e viva, agosto esta chegando e logo setembro!!! Meu mês preferido. Amo o cheirinho de pólen no ar (ainda que me dê crise de rinite!)
Então, não vou falar sobre dentição infantil, não, deixarei este tema  pra minha querida amiga Karina Tatim Furlan!
Afff, vou escrever sobre as mordidinhas e as crianças! Parece engraçado, acho que Deus me deu a oportunidade de fazer um belo estágio pra maternidade enquanto eu trabalhava...rs.
Céus, quantas reuniões, bilhetes, orientações, palestras falando o quanto as mordidas são comuns na escola infantil, principalmente nos dois primeiros anos. Quanto choro (das crianças e das mães... das profes desesperadas também), quanto Hirudoide!!!! RS
Pois bem, não escapei do que chamo de EFEITO MONANGE (lembram da propaganda? “Sinta na pele esta emoção”!!!). A adaptação do meu cuíca, que já não foi das mais tranqüilas, contou com a participação especial  dos dentes dos seus amiguinhos, cravados com energia na barriga, mão, bochecha...
A mordida é uma linguagem para a criança, principalmente a que ainda está saindo da fase oral. Muitas vezes é a primeira reação diante de uma disputa de brinquedo, de uma frustração. E há quem morda de amor... de tanto que gosta do amigo (atire a primeira pedra quem nunca mordiscou seu pequeno).
Para administrar com diplomacia este assunto, as professoras devem estar cientes de conhecer o tema para poder mediar com as famílias (pais leigos não têm a obrigação de saber o quanto isto é comum no desenvolvimento da criança), também precisam de carinho e jogo de cintura para evitar os rótulos e as discussões entre os próprios pais (como já vi acontecer). É comum, mas não é aceitável. É fundamental conversar com a criança que foi mordida e lhe oferecer amparo, depois com a que mordeu e ajudá-la a encontrar outras formas de expressar seus sentimentos, compreender o quanto machuca o amigo. Se é prática da escola, o “cantinho do pensamento” e depois o pedido de desculpas também podem ajudar. Fundamental é a parceria da família da criança que está mordendo reforçando o trabalho da professora.
Depois de levar três mordidas, meu filho (que antes da escola não havia mordido ninguém, rs) “aprendeu” que também tinha dentes. Combinei sanção em casa, para cada vez que isso acontecesse (nada de computador, sim, com 3 anos...). Em parceria com a professora, registrei carinhas tristes sempre que mordesse. O pai, muito atento, encontrou em uma de suas viagens um brinquedo muito legal: “pit mordida”, uma dentadura que morde ao comando da criança e brincando em casa trabalhávamos o “não, não boquinha, morder não pode, beijoquinha pode!” e... três mordidas depois (parece incrível), o comportamento se dissipou! Uhuuuuuul!
Sim amigos e amigas, sei que dói ver aquelas marquinhas, que aos nossos olhos parecem sádicas, na pele sensível dos nossos eternos bebês. Mas vamos lá, somos adultos! É comum, é trabalhável.
Mas é fundamental que tanto a escola quanto os pais estejam atentos para que este comportamento não se prolongue, mordida é linguagem aceita até próximo dos 3 anos. Passando disso, persistindo e mantendo-se como comportamento repetitivo, vale a pena conversar com o pediatra ou um psicólogo infantil!!!
Beijos para todos!
Bom Agosto!