terça-feira, 26 de novembro de 2013

GÊNERO, PRECONCEITO E OPORTUNIDADES

Olá leitores amados! Pela escassez de novos posts você imaginam como anda a vida desta mãe, mulher, esposa, profissional que vos escreve...
Considerando a reta final de 2013 chegando, escrevo pelo sentimento de compromisso e pelo desejo de compartilhar meus pensamentos, num desabafo catártico... mas sei que pouquíssimos de vocês terão tempo para leituras sem compromisso, kkkkkkkk!
Como mãe, 24 horas por dia reflito sobre a maternidade e este movimento caótico e apaixonante, mas selecionei este tema para escrever hoje, por considerá-lo bem importante.
No período da manhã, estou em casa com meu pequeno. Me divido entre organizar a casa, responder e-mails enquanto brinco de ninja e preparar o almoço. Nos dias em que começo atender cedo, vamos de marmita. Simples assim, eu tenho minhas prioridades bem definidas.
Logo, no momento de preparar as refeições meu cuíca acompanhava o movimento com seu olhar atento. Agora, não se contenta em ficar brincando no tapete nos meus pés. Tira de dentro dos armários os ingredientes que precisa para fazer “comidinhas”. Seqüestra minhas panelas, escolhe cuidadosamente as espátulas, requisita uma luva de cozinheiro e mais recentemente, protesta por um avental.
Carrega tudo para a sala, usa o banco como fogão e a porta do armário é o forno.
Na primeira vez em que a brincadeira se desenrolou assim, tão complexa, perguntei: “Filho, o que você está fazendo?” e a resposta certeira foi: “Tô fazendo comidinha mãe, sou chefffffffff!”! Ai que cute cute...
Problema é que agora a competição pelas panelas, espagueteiras e travessas anda acirrada. Desta forma, estava decidida a comprar pra ele um jogo de panelas. Lógico, não precisava ter flores, nem ser rosa e adivinhem... não encontrei.
Daí para frente uma torrente de pensamentos me invadiu! Oras bolas... não são somente as mulheres que cozinham! Porque menino não pode ter um jogo de panelas?
Fui reclamar com o pai, para ver se ganhava algum apoio. Recebi indignação!
Gente... e se meu filho  for o próximo Jamie Oliver? Claude Troisgrois? Olivier Anquier?
Eu não vou deixar de apoiar e incentivar por conta de um preconceito retrógrado.
Então, convoco as mães dos meninos do mundo para lutar pelo direito de nossos filhos desenvolverem plenamente suas potencialidades, livres de preconceitos, tendo as mesmas oportunidades das mulheres por aí!!!!
Sem contar que: felizarda (por vários motivos) será minha norinha, se o meu pimpolho continuar querendo ser um Chef!!! RS
Pra quem me conhece, sabe que não sou feminista. E não se trata disso.
 Realmente acredito que homens e mulheres possuem características individuais, particulares que não os distinguem em termos de melhor ou pior, mas lhe conferem unicidade e completude.
 Mas, que encontremos nas lojas panelas azuis e caminhões cor de rosa.
Assim, concluo este post indignado com o grito pela liberdade de escolha profissional e nossas possibilidades de amplo incentivo, independente de gênero. Que as oportunidades, desde a tenra infância sejam justas para meninos e meninas.

Uma beijoca para todos e viva dezembro!!! J

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