segunda-feira, 28 de maio de 2012

A minha criança e a criança em mim

Quando relembro a minha infância, sinto que ela foi muito boa.
Brinquei muito, de tudo o que se pode imaginar: Barbie, escoteiros, cozinha maravilhosa da Ofélia, Changeman, casinha, lojinha. Descia o morro lá de casa, freando meu carrinho (meio motoca, meio madeira) com meu chinelo Havaiana (naquele tempo, só um lado era colorido!).
Que sensações maravilhosas! Do vento nos cabelos, da sujeira embaixo da unha, do orgulho em cuidar tão bem do Meu Bebê!!!!
Esta sensação de alegria tão simples, que as crianças alcançam sem esforço aparente, às vezes fica afogada no trabalho árduo que é crescer.
Agora o meu menino lindo está entrado em uma fase muito gostosa (assim como a que passou, rs), ele brinca. Pega os carrinhos, faz corridas no chão. Vejo ele fazendo o Rex papear (em aramaico) com o Dr Porcão.
E eu curto muito. A criança em mim tem adorado nossas manhãs e tardes no quintalzinho.
Dia destes, fizemos uma réplica da savana africana, com direito a laguinho e tudo. Parecia mais o Éden, afinal a zebra e o leão estavam na maior alegria, bebericando um ao lado do outro em perfeita paz.
Mas me dei conta de que a criança em mim ainda vive, e acho eu, mais viva do que nunca. Foi quando nós nos divertimos com as bolhas de sabão. Ouvindo as gargalhadas do bonitão, os meus olhos encheram de lágrimas ao contemplar maravilhada a beleza das bolhas que fizemos, mudando de cor em contraste com o sol, subindo, subindo, levadas pelo vento sob o céu muito azul. Concluí que  um momento de sublime felicidade, não é lá uma coisa tão complicada.
E aí eu pensei cá comigo nas inúmeras vezes em que, para entender uma criança, quem me aconselhou foi a criança em mim. E pensei de novo, que pra entender um filho, na sua subjetividade, é preciso sim dos conselhos das crianças em nós. Da criança que fomos e da que gostaríamos de ter sido.
Então, vou concluir esta reflexão um uma frase da dedicatória do meu segundo livro preferido, O Pequeno Príncipe: “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso”. O que é uma pena!
Beijo grande, bom junho pra todos vocês!

2 comentários:

  1. Lindo, Rê! Realmente a felicidade está em coisas muito simples e pequenas! Nossos filhos tem o dom de nos fazer lacrimejar de alegria pelo simples fato de existirem... Tenho "surtos de alegria" quando:
    - Vejo as mãozinhas da Io fazendo conta de divisão! (tão pequenina)
    - Ouço a Vivi me chamando... "Mamãginha, mamãginha!"
    - Observo as duas brincando;
    - Velo o sono de ambas...
    Enfim, são momentos de felicidade dos mais profundos que podemos sentir.
    Bjos, amada!
    Manu

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  2. Obrigada Rê pelas lindas lições e por me chamar a atenção para dar importância a criança que existe ainda dentro de mim. Beijos.

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